Prometo exercer a arte de escrever, e falar / com dignidade e independência. / No julgo do meu livre Pensamento: / analisar os mais ricos princípios éticos / e os de educação, / de forma que possa eu / contribuir no processo de desenvolvimento / e aperfeiçoamento intelectual e moral do ser humano. /
Prometo, também, defender o estado democrático, / a liberdade, / os direitos humanos, / a justiça social / e o aperfeiçoamento da cultura em geral / como princípios básicos pela liberdade de expressão e pensamento. /
Assim, / sentir-me-ei realizado sob esses objetivos, /e serei fiel ao estatuto e regimento da Academia Independente de Letras e a Casa Literária Enoque Cardozo / cumprindo suas leis / e levando seu nome por todos os meios literários / no pais ou fora dele. /
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE NOSSO PATRONO JEAN DE SALISBURY: João de Salisbury (Old Sarum, Salisbúria, Inglaterra, c. 1115-1120 — Chartres, França, 25 de Outubro de 1180) foi um dos mais brilhantes pensadores do seu tempo. Ao longo da sua vida desempenhou importantes cargos no seio da Igreja Católica. Foi também autor de importante pensamento político, registado em obras como “Policraticus” e “Metalogicon”, assim como teorizador do ensino.
Nascido num contexto modesto, do qual pouco se conhece, inicia os seus estudos em Salisbury. No ano de 1136, parte para França, onde estudou e contactou com algumas das principais personalidades do seu tempo. Entre outros, Pedro Abelardo e Guilherme de Conques. Em 1148, participa no Concílio de Reims, onde encontra-se com Bernardo de Claraval. No mesmo ano, regressa a Inglaterra, onde virá a desempenhar as funções de secretário dos arcebispos de Cantuária Teobaldo de Bec (1150-1161) e do seu sucessor Tomás Becket (1161-1170). Em 1163, caindo em desfavor do monarca Henrique II de Inglaterra, parte para França. Em 1176, torna-se bispo de Chartres, cargo que ocupará até ao final dos seus dias.
PRIMEIROS ANOS E EDUCAÇÃO: Estudou os primeiros anos em sua cidade natal, indo posteriormente para a Universidade de Paris (que na época se chamava École Cathédrale de Paris), onde teve aulas com Pedro Abelardo, continuando seus estudos de lógica sob a direção de Robert de Melun (1100-1167), e gramática orientado por Guillaume de Conches (1080-1150) em 1148.
Seus vívidos relatos dos professores e alunos lhe forneceram os mais preciosos fundamentos dos seus primeiros dias na Universidade de Paris. Com o afastamento de Pedro Abelardo, João continuou os seus estudos com Alberico de Rheims (1085-1141). Ricardo L'Evêque († 1181), bispo de Avranches e discípulo de Bernardo de Chartres (1130-1160), também foi seu professor de gramática. Os ensinos de Bernardo se distinguiam particularmente pela sua pronunciada tendência platônica, e também pela importância dedicada aos maiores escritores latinos. A influência dos clássicos latinos é perceptível em todas as obras de Salisbury.
Por volta de 1140 ele estava em Paris estudando teologia com Gilbert de la Porrée (1070-1154), depois com o teólogo e filósofo inglês Robertus Pullus (1080-1150) e finalmente assistiu aulas de teologia com Simon de Poissy (fl. 1125-1145). Em 1148 ele se hospedou na Abadia de Montier-la-Celle, na Diocese de Troyes, com seu amigo Pedro de La Celle (1115-1183). No mesmo ano participou do Concílio de Rheims, presidido pelo Papa Eugênio III, e provavelmente foi apresentado por Bernardo de Claraval (1090-1153) a Teobaldo de Bec (1090-1161), arcebispo de Cantuária, sob cujo patrocínio retornou para a Inglaterra por volta de 1153, tendo passado algum tempo em Roma como secretário do papa inglês Adriano IV, Nicholas Breakspear.
SECRETÁRIO DO ARCEBISPO DE CANTUÁRIA: Nomeado secretário de Teobaldo de Bec, era frequentemente enviado em missões para a sede papal. Durante essa época ele compôs suas maiores obras, publicadas quase certamente em 1159, o Policraticus, sive de nugis curialium et de vestigiis philosophorum e o Metalogicon, escritos inestimáveis como fontes de informações relativas ao tema e forma da educação escolástica, e notáveis pelos estilos apresentados e tendência humanística. A ideia de contemporâneos em pé nos ombros dos gigantes que se tinha na Antiguidade aparece pela primeira vez nesta obra. O “Policratus” também derrama luz sobre a decadência dos modos da corte do século XII e a frouxa ética da realeza. Depois da morte de Teobaldo, em 1161, João continuou como secretário de Tomás Becket (1118-1170), e tomou parte ativa nas longas disputas entre o primaz e seu soberano, Henrique II, que considerava João agente papal.
Suas cartas lançam luz sobre a luta constitucional que abalava a Inglaterra. Em companhia de Becket, retirou-se para a França durante o período de descontentamento do rei; retornou com ele em 1170, e estava em Cantuária na época do assassinato de Becket. Nos anos seguintes, durante os quais ele continuou influente na situação de Cantuária, mas com data imprecisa, ele escreveu A Vida de Becket.
BISPO DE CHARTRES: Em 1176, Salisbury se tornou bispo de Chartres, onde passou o resto da sua vida. Em 1179 ele participou ativamente do Terceiro Concílio de Latrão. Ele morreu em Chartres (ou perto dessa cidade) no dia 25 de Outubro de 1180.
ERUDIÇÃO E INFLUÊNCIAS: Os escritos de João de Salisbury são excelentes para esclarecer o estágio literário e científico da Europa Ocidental do século XII. Embora ele tivesse o domínio total da nova lógica e da retórica da arte do raciocínio adquirido na universidade, os pontos de vista de Salisbury apresentam uma inteligência cultivada e brilhantemente aquinhoada em assuntos práticos, opondo-se aos extremos tanto do nominalismo como do realismo considerando-os senso prático comum. A sua doutrina se constitui numa espécie de utilitarismo, com forte inclinação para o aspecto especulativo em relação ao cepticismo literário de Cícero, por quem ele tinha incontida admiração e em cujo estilo se espelhou para criar o seu próprio. A sua visão de que o objetivo da educação era moral, e não apenas intelectual, tornou-se uma das principais doutrinas educacionais da civilização ocidental, mas a sua influência será mais perceptível, não em seus contemporâneos imediatos, mas na visão de mundo do humanismo renascentista.
Dos escritores gregos, a princípio, parece não ter ele conhecido nada, e muito pouco nas traduções. O Timeu de Platão, em versão latina traduzida por Calcidius[3] chegou ao seu conhecimento e dos seus contemporâneos e predecessores, e é provável que ele tenha tido acesso às traduções de Fédon e Menon. De Aristóteles ele possuía todo o Organon em latim; ele é, na verdade, o primeiro dos escritores medievais de renome a conhecê-la inteiramente.
Foi, ao lado de Hugo de São Vitor, Anselmo de Cantuária e Pedro Abelardo, um dos grandes responsáveis pela transformação ocorrida no século XII com relação ao modo como se encarava o conhecimento e a filosofia ao fim da Idade Média.
OBRA: O essencial do seu pensamento encontra-se em Policraticus (1159), embora esta não esgote a sua produção intelectual. Composta ao longo de anos, encontra na política de Henrique II de Inglaterra a motivação para a terminar. Tece-a, como um aviso, procurando inspirar propósitos morais e transmitir ensinamentos éticos à política e sociedade de corte que acreditava estarem a subverter os fundamentos éticos e religiosos do reino. De forma geral, propõe uma ordem social que busque a coexistência pacífica dos poderes temporal e espiritual.
POLICRATICUS: Composto em oito livros, João de Salisbury concentra a sua reflexão política nos IV, V e VI livros. Estilisticamente, apresenta um carácter humanista, sobretudo pela convocação de fontes quer cristãs quer pagãs. Num contexto de centralização do poder das monarquias da Cristandade Ocidental, destacam-se as suas ideias de limitação do mesmo pela lei. A estas associa a metáfora orgânica do governo como um organismo vivo, na qual faz corresponder a cada parte do corpo humano os elementos da sociedade (pés-trabalhadores; mãos-combatentes; barriga-administração/fazenda; coração-conselho; cabeça-príncipe; alma-Igreja), procurando explicar a necessidade do correcto funcionamento de cada um para a harmonia do todo. Outra das questões fulcrais é o tiranicídio, enquanto ferramenta para o restabelecimento da ordem sempre que esta seja deturpada por responsabilidade do monarca.
CITAÇÕES DE JOÃO DE SALISBURY: "Um rei iletrado é um jumento coroado”. "Nós somos anões em pé sobre os ombros do gigantes”.
1.Opera omnia, editor J. A. Giles, Oxford 1848, in Patrologia Latina, 199 lire en ligne.
2.Policraticus (1156), editor K. S. Keats-Rohan, Turnhout, Brepols, 1993.
3.Metalogicon (v. 1175), editor J. B. Hall, 1991. Trad. an. D. D. McGarry, The Metagogicon, Berkeley, University of California Press, 1955.
4.Lettres, traduzido por W. J. Millor e outros, As cartas de João de Salisbury, Oxford, Clarendon Press, 1986, 2 t.
O que são
os TÍTULOS DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA
Geralmente entendemos como títulos os famosos
TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS ou TÍTULO DE NOBREZA que constam como o privilégio legal
concedido desde a Antiguidade a pessoas que assim passavam a fazer parte da
nobreza. Tais títulos foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de
vassalagem entre o titular e o monarca, sendo alguns deles hereditários.
Porém
o que muitos não sabem é que os TÍTULOS DE NOBREZA não existem com a REPÚBLICA.
Um decreto de 1890 (Decreto nº 277-F, de 22 de Março de 1890), um ano depois da
proclamação da República abolia todos os títulos de nobreza, foros de nobreza e
ordens honorificas estabelecidos pelo antigo regime, com exceção das ordens de
Aviz e do Cruzeiro no Brasil.
“Título
de nobreza pressupõe que o indivíduo é superior a alguém, mas esse conceito não
combina com uma República. Título de nobreza não existe com a República”, explica ANTONIO CARLOS JUCÁ, diretor do
Instituto de História da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Em
1991, porém, o então presidente Fernando Collor (hoje PROS-AL) revogou o
decreto...
“A monarquia foi rejeitada depois disso [da proclamação da
República]. Ainda que esses títulos tenham sido reabilitados pelo Collor, isso
não implica nenhum tipo de privilégio ou tratamento diferenciado no Brasil”, diz o historiador
Marcus Dezemone, professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da UERJ (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro).
Após essa pequena retrospectiva sobre os TÍTULOS
NOBILIÁRQUICOS e o banimento dos mesmos no Brasil chegamos ao que de fato
pretendemos aplicar nesse artigo... Os TÍTULOS DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO
LITERÁRIA.
Sem estender o leque para as instituições
mistas em ARTES, CIÊNCIAS e CULTURA vendo que trabalhamos apenas com literatura
em uma academia puramente de letras e dela faremos uso como referencial, ao
tratar nossa instituição como uma CONFRARIA EM LETRAS.
Nossa CONFRARIA EM LETRAS assim como outras
instituições ligadas a literatura promove CONCURSOS, PREMIAÇÕES e TITULAÇÕES
destinadas ao público literário brasileiro sendo eles: ESCRITORES/AUTORES,
DECLAMADORES, PROFISSIONAL DO LIVRO, CRIADORES DE CONTEÚDOS DIGITAIS (blogs,
podcast e youtubers literários) EDITORAS e GRÁFICAS brasileiras de longa
carreira ou estreantes, cujas obras celebrem a arte e seu protagonismo, como
ferramenta principal do ESCRITOR/AUTOR BRASILEIRO, DECLAMADORES e de todos os
PROFISSIONAIS por trás do produto final que é o livro.
Logo
vem a dúvida: PARA QUE SERVEM OS TÍTULOS
E PREMIAÇÕES DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA?
Os TÍTULOS e PREMIAÇÕES de REFERÊNCIA E
QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA complementam e enriquecem o CURRÍCULO LITERÁRIO que
assim como um currículo profissional devem ser sempre atualizados. O CURRÍCULO
LITERÁRIO de ser composto pelo *Resumo literário e pessoal do escritor, por
exemplo, *Livros publicados, *Apresentações como saraus, festivais e bienais, *TITULAÇÕES
e *PREMIAÇÕES DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA. *Instituições que
participa ou participou, assim como *Concursos e *Antologias adquiridas.
Em suma, todas as PREMIAÇÕES ou TITULAÇÕES
concedidas por uma confraria em letras ou parceiros literários como editoras e
gráficas, por exemplo, são PREMIAÇÕES ou TITULAÇÕES DE REFERÊNCIA E
QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA, que podem ter seu nome e mérito baseados em alguma
personalidade referente ou ligada a instituição ou ao seu ramo de atuação.
Porque usar termos em
latim para especificar os TÍTULOS DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA da
AIL?
Ao
fundarmos nossa academia de letras em 2018 idealizamos uma Ordem Literária chamada
SCRIPTORIUM e como patrono adotamos JEAN DE SALISBURY um brilhante pensador e
escritor/autor e com ele abraçamos como pratica o designer e conceitos do mundo
medieval por sua simplicidade e beleza simbólica e por isso ao instaurar nossos
TÍTULOS DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA decidimos em usar termos
advindos diretamente do latim sempre complementando o titulo com os termos REFERÊNCIA
E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA.
Como
por exemplo:
*TÍTULOS
DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “DOMINUS LITERÁRIO” em distinção / “LITERARY
DOMINUM” (mestre literário) e LITERARY DOMINA” (senhora literária).
*REFERÊNCIA
E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “PALADINO LITERÁRIO” (do latim Palatinus Literary),
*TÍTULOS
DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “COMENDADOR DA ARTE LITERÁRIA BRASILEIRA
SCRIPTORIUM”.
*TÍTULO
DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA CASTELÃO LITERÁRIO” (do latim
castellanus literary).
Em resumo os TÍTULOS DE REFERÊNCIA E
QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA podem ser baseados em TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS em sua
nomenclatura como um sistema de nomes, termos ou regras para formar esses
termos em um determinado campo das artes ou ciências uma vez que em seu
material de divulgação ou mesmo a documentação entregue seja especificada o
título ao destacar a descrição: REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA.
Lindo o hino, parabéns!
ResponderExcluirExcelente trabalho. Parabéns!
ResponderExcluirBrasão com profundidade de expressão! Muito bonito e expressivo!
ResponderExcluirTenho orgulho e satisfação de pertencer ao seleto grupo de escritores da AIL, parabéns a todos!
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