terça-feira, 9 de junho de 2020

AIL – ACADEMIA INDEPENDENTE DE LETRAS por JOSE ALFREDO EVANGELISTA

AIL – ACADEMIA INDEPENDENTE DE LETRAS

ALTIVA, INCESSANTE E LONGÂNIME;
ATIVA, INTRÉPIDA E LABORIOSA;
AUDAZ, IDEALISTA E VITORIOSA!

ACADEMIA INDEPENDENTE DE LETRAS
SUA “SIGLA” REMETE A GLORIOSOS ADJETIVOS
QUE, ENCERRA TODA SUA GRANDEZA!

SUA SINGELEZA TEM O TAMANHO DE UM GIGANTE
COM ESCRITORES FLAMANTES É O SUPORTE
DE APORTE CULTURAL E MAGISTRAL DAS LETRAS!

“AIL”: ALTIVA ACADEMIA ECOA SABEDORIA...
INTRÉPIDA E CORAJOSA PLÊIADE DE POETAS
NA CULTURA SÃO PROFETAS!

AUDAZ A “AIL” DA IGNORÂNCIA SE COMPRAZ
TENAZ É O SEU FERVOR, E, COM AMOR,
BRINDA A CULTURA NO SEU LABOR!

“AIL” – ACADEMIA DE LETRAS, QUAIS
BORBOLETAS POUSAM, DE FLOR EM FLOR,
NOS JARDINS DO SABER E DO AMOR!

ALTIVA, INTRÉPIDA E AUDAZ
COM ÍMPETO VORAZ

MERGULHA NAS PROFUNDAS ÁGUAS
EM MARES REVOLTOS, E BUSCA
INSPIRAÇÃO NAS LETRAS COM DEVOÇÃO!

“ACADEMIA INDEPENDENTE DE LETRAS” 
FAROL QUE LEVA LUZ ÀS TREVAS...
PROPÕE CONHECIMENTOS SEM RESERVAS!

JOSÉ ALFREDO EVANGELISTA
Cadeira n.34. Homo Literatus.

TITULARES DO PODER: CONSCIENTES PELAS BOAS OU MÁS PRÁXIS por DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO


TITULARES DO PODER: CONSCIENTES PELAS BOAS OU MÁS PRÁXIS – O poder democrático, ao serviço do bem-comum, que o mesmo é dizer, do povo, independentemente dos estatutos individuais, pode constituir um chavão eleitoral, uma utopia, ou uma promessa demagógica em campanha política. O título em destaque seria suscetível de interpretação político-partidária se não se esclarecesse que o termo “socializante” é aqui utilizado na dimensão social do homem, da comunidade e do poder.
Exercer o poder democrático, sem preocupações sociais, também aqui considerando as diversas vertentes da socialização, designadamente: cultura, educação, religião, trabalho, saúde, formação, entre outras, revelaria, por parte de quem o exerce, a grande insensibilidade, e constituiria uma inaceitável injustiça, que não se coadunam com os valores da democracia, entre estes, a liberdade, a igualdade e a fraternidade, até porque o homem é um ser naturalmente social, e não teria condições para viver à margem da sociedade, mesmo que em certas situações pudesse estar muito afastado das normas, regras, condutas e valores societários.
Os titulares do poder: civil, miliar, político, empresarial, religioso, bem como quaisquer outras formas de domínio, serão sempre os primeiros responsáveis pelas boas ou más práticas, no exercício das respetivas funções. Nesta perspetiva, devem preocupar-se com a sua própria formação, e também cultivar um espírito de serviço público social, obviamente, sem prejuízo dos objetivos e finalidades da instituição que dirigem, no contexto da sociedade em que se inserem, porque o poder democrático socializante, no sentido já definido, é compatível com quaisquer atividades, inclusivamente, no âmbito militar, principalmente em tempo de paz.
Se se considerar que toda a pessoa sempre exerce algum tipo de poder, público ou privado, incluindo-se aqui na própria família, rapidamente se pode verificar que, utilizando-se princípios de: sabedoria, prudência, moderação, compreensão, tolerância, respeito e responsabilidade, os resultados serão favoráveis para todos os intervenientes.
Comportamentos sociais, democráticos, virtuosos, estes no sentido da objetividade, das realidades existentes e no relacionamento interpessoal, podem estabelecer a diferença entre: a construção de uma sociedade moderna, humanista, motivada e disponível para abraçar as grandes causas, na prática de atos altruístas; e uma outra sociedade cujos dirigentes enveredam pelo autoritarismo, pela prepotência, pela perseguição e eliminação político-social dos que, ideologicamente, se lhes opõem.
O poder totalitário, persecutório e ditatorial, muito dificilmente reunirá condições que contemplem a maior parte das diversas vertentes sociais: da educação à formação; da cultura ao lazer; da saúde à habitação; do emprego à reforma; da religião à axiologia. Estas práticas despóticas, também se verificam ao nível de muitas instituições, inclusivamente, daquelas que até têm uma natureza religiosa, de solidariedade social, cultural, desportiva e outras similares.
Importa, portanto, destacar as virtualidades do poder democrático, obviamente, sem perda da autoridade que lhe é devida e até vantajosa, aceitando-se a orientação segundo a qual: «A ordem social não pode ser mantida sem autoridade, mas esta não significa força bruta, porque a força bruta é apenas manifestação excepcional de autoridade e não pode ser permanente. (...) Autoridade pessoal é baseada nas qualidades do indivíduo, no seu magnetismo às vezes extraordinário, nos dotes pessoais que possui. É a autoridade exercida pelos líderes pessoais, que conseguem espontaneamente a colaboração dos liderados.» (TORRE, 1983:178-179). 
Em bom rigor, é oportuno destacar que parte significativa do sucesso do poder democrático socializante depende: das capacidades, conhecimentos, experiências e, principalmente, da sabedoria, prudência e sensibilidade dos dirigentes, em particular; e de todos os indivíduos, em geral, para administrar a justiça na repartição dos bens sociais, o que implica um total sentido ético-moral, justamente para que as virtualidades do poder não se desconfigurem.
A justiça é dos caráteres bem formados, prudentes e sensibilizados para as situações que afetam os mais desfavorecidos, os carenciados e os que, de alguma forma, estão marginalizados, porque também é verdade que: «A injustiça é encontrada em todas as partes algumas vezes consequência de ações conscientes de pessoas de má índole ou mal intencionadas, algumas vezes consequência de julgamentos ou decisões parciais ou protecionistas, algumas vezes resultantes de preconceitos e outras vezes, de erros involuntários, deficiências ou ausência de critérios de conceder ou repartir alguma coisa.» (RESENDE, 2000:186).
O poder democrático socializante, que se vem defendendo, naturalmente, e por si só, não será suficiente para implementar e demonstrar todas as suas virtualidades. Ele carece de executores preparados, sensibilizados e competentes na perspetiva dos melhores resultados sociais, com justiça e oportunidade, no tempo e no espaço. E se nas sociedades alargadas, multiculturais, urbanizadas, onde os seus membros se conhecem, ou então serão mesmo estranhos entre eles, outro tanto não se verificará nas comunidades locais ao nível das Freguesias e Concelhos portugueses.

BIBLIOGRAFIA

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Auto-Ajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

TORRE, Della (1983). O Homem e a Sociedade. Uma Introdução à Sociologia. 11ª Edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional


Venade/Caminha – Portugal, 2020 
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
02º Membro Correspondente AIL. Brasil/Portugal.

QUEM ME DERA SABER por Leandro Emanuel Pereira

Nascemos e o nosso percurso enquanto seres sociais, está concomitantemente ligado às influências que temos, seja no que concerne às esferas familiar, escolar e profissional. O contexto socioeconómico tem especial relevância em sociedades capitalistas, algo que foi adensado sobretudo a partir da primeira revolução industrial. Apesar de tudo, podemos verificar mesmo em situações vaticinadas ao fracasso, onde seres humanos que nascem em famílias carenciadas, do ponto de vista financeiro e educacional, conseguem de forma inexoravelmente resiliente, catalisar a sua força através do sofrimento, não cedendo ao caminho mais fácil e talvez natural, como o da indigência ou do crime, tornando as suas vidas valerem a pena. O inverso também acontece com frequência, onde pessoas nascidas sem carências de índole material, embora com carências de outra natureza, provavelmente afetiva, e eventualmente por lhes ser negada a possibilidade do tédio, caem no marasmo. Esta é a complexidade do ser humano. Como postulou um dia Jean Paul Sartre, "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim".

– QUEM ME DERA SABER –

Quem me dera saber;
Quem eu era;
Antes de me conhecer;
Se mera fuligem, ou vitalidade que aglomera...

A existência precede a essência;
Responsável serei então;
Pela minha veemência;
Sorte e prontidão...

A vida é uma caravela;
Num imprevisível oceano;
Só quem estiver de sentinela;
Poderá vislumbrar um caminho...

Nunca fantoches do acaso;
Jamais vítimas das vicissitudes;
A personificar um pleonasmo;
Que seja a profusão das virtudes...


LEANDRO EMANUEL PEREIRA.
03º Membro Correspondente AIL. Brasil/Portugal.