segunda-feira, 4 de novembro de 2024

SER FERROVIÁRIO por Benjamim Apolonio

- SER FERROVIÁRIO -

É ser grato por este vagão
Andar sob o chassi empoeirado
Procurando cada imperfeição
Preocupado com o usuário
Que sai no escuro da madrugada

É percorrer toda essa via
No faro dos trinta quilômetros
Sentindo a temperatura do trem
De minuto em minuto
Uma termômetria humana
Apaixonado pela ferrovia

Tudo isso é involuntário
Pois a locomotiva te carrega
Guiada por esse translado
Te puxa com sua mão de amigo
Te leva a uma viagem surreal
Nesse retrato ferroviário

A satisfação por ser
É maior que o descaso mundial
O ter é o de menos
Por isso, exercitaremos
Esse belo sentimento
De, no fim daquele belo dia
Sentar, respirar fundo e agradecer

Nossa luta é todo dia
Colaboradores persistentes
Transporta meio mundo de gente
Com responsabilidade e empatia

Que sejamos como a luz divina
Que ilumina toda manhã
Trilhando vidas em massa
Só em ver um passageiro feliz
Surge aquela alegria repentina

Somos profissionais do vagão
Atentos a cada dormente
Satisfeitos por carregar esse povão
De forma eficaz e competente

Somos brasileiros resilientes
Combatendo a cada audiência
Se nos chamarem para debatência
Em prol dessa nação
E pelo bem da mobilidade
Nós iremos de novo
Pois somos a luta e resistência.


Benjamim Apolonio do Nascimento 
Cadeira n.243. Piragibe.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Tem lançamento chegando ai... Delações Poéticas extraídas D'Alma de nosso querido presidente administrativo Feliciano Ramos


TÍTULO HONORÍFICO DE REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA / MÉRITO LITERÁRIO DEODATO ELEUTÉRIO RODRIGUES NETO

O Reconhecimento ao Mérito Literário Deodato Eleutério Rodrigues Neto é um título honorífico de referência e qualificação literária, criado pela Casa Literária Enoque Cardozo (CLEC) e a Academia Independente de Letras (AIL) / Ordem Literária SCRIPTORIUM em homenagem ao escritor / poeta / contista / cronista, professor, dramaturgo e imortal Deodato Eleutério Rodrigues Neto (in memoriam) (1963 - 2024), como um título que outorga e faz alusão à designação literária para o desenvolvimento da arte e cultura brasileira, por sua vida e seus trabalhos, sendo honrado e lembrado com justiça e zelo pelo imortal que assim como Deodato sempre fomos.



quarta-feira, 24 de abril de 2024

Nota de Falecimento/DEODATO ELEUTÉRIO RODRIGUES

A ACADEMIA INDEPENDENTE DE LETRAS AIL / Ordem Literária SCRIPTORIUM declaram luto oficial em virtude do falecimento do Acadêmico DEODATO ELEUTÉRIO RODRIGUES ocupante da Cadeira n.12. A SIMPATIA. No dia 21/04/2024, transmitindo assim nossos votos de pesar à sua família e amigos. 

DEODATO ELEUTÉRIO RODRIGUES, sua memória permanecerá como referência para o desenvolvimento da arte e cultura literária brasileira, por sua vida e seus trabalhos, sendo honrado e lembrado com justiça pelo imortal que sempre foi.


São João/PE 24 de Abril de 2024. 

ENOQUE FERREIRA CARDOZO
Presidente fundador da AIL/SCRIPTORIUM



terça-feira, 23 de abril de 2024

Resenha: Pé de menina by Fábio Alves Ferreira Leite & Márcio José Zacarias

Pessoalmente como escritor de livros infantis, pai e educador, penso que escolher livros para as crianças pode parecer fácil, afinal, é só ver um livro na estante com capa e páginas coloridas, tamanho engraçado, título chamativo e poucas páginas.

Essa é a ideia que todo mundo tem, mas o livro para crianças deve ser algo a mais. Ele não pode ser só colorido e bonitinho, além disso, não é um brinquedo.

Ele tem que ter uma história instigante...

Um tema interessante...

Tem que falar para a criança de maneira que respeite o intelecto dela.

E é justamente isso que você encontra em PÉ DE MENINA de FÁBIO ALVES FERREIRA LEITE & MÁRCIO JOSÉ ZACARIAS, um livro infantojuvenil que respeita a criança, que conta histórias e que vale a pena carregar para a vida adulta.

Com gosto de manga-rosa e essência de infância, PÉ DE MENINA é um livro que me fez recordar a delicadeza e a importância da memória afetiva para a vida adulta.

As histórias da vovó, os contos da mamãe, as inventivas entre irmãos que vão aproximando crianças e adultos da infância formando a figura espontânea para toda a estrutura-base, destinada ao amadurecimento como ser pensante-social ao nos mostrar como ser criança é bom, simples e mágico. Em tempos em que as crianças perdem suas criancices tão precocemente.

No fim, PÉ DE MENINA é o enxergar a felicidade aguda pela simplicidade, encanto e deslumbramento com as pequenas coisas.

E esse diagnóstico agudo e contagioso traz lembranças deliciosas que vão além da própria diversão de conhecer, criar e estar na história.

PÉ DE MENINA mais que um livro infantojuvenil é um livro para toda a família...

...leia

...compartilhe e recorde.


Uma resenha literária de: ENOQUE OCARDOZO – é Pai, Professor / através da faculdade de Pernambuco – UPE 2009/2012, Pesquisador em História, escritor/poeta/romancista/contista/cronista, Designer Gráfico Editorial, Ilustrador, Editor Chefe da Editorial Casa de Bonecas (ECB), Presidente Fundador da Academia Independente de Letras (AIL), da Ordem Literária SCRIPTORIUM e CASA LITERÁRIA ENOQUE CARDOZO – CLEC, Sócio Honorário da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA & Academia de Letras do Brasil/Minas Gerais/Região Metropolitana de Belo Horizonte - ALB/MG/ RMBH. Membro benemérito da Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes/BRASILIS – AICLAB, Retentor dos títulos de REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “APONTADOR LITERÁRIO” 2021, “PALADINO LITERÁRIO” 2022 e “DOMINUS LITERÁRIO” 2023 pela Ordem Literária SCRIPTORIUM. PRÊMIO CANETA DE OURO / destaque literário 2022, COMENDA ATIVISTA DA CULTURA NACIONAL / homenagem à semana de arte moderna (1922) 2022 e TÍTULO DE HONRA AO MÉRITO / homenagem alusiva ao bicentenário da independência do Brasil 2022 pela FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES (FEBACLA). 

LEITE, Fábio Alves Ferreira. ZACARIAS, Márcio José. Pé de menina / Fábio Alves Ferreira Leite & Márcio José Zacarias – 1ª ed. – São João , PE : Editorial Casa de Bonecas (ECB), 2024. 54 p.: il. ISBN: 978-65-5480-172-0

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Resenha: Histórias variáveis: coletânea de cordel / José de Souza Zumba (Gonçalo)

 

HISTÓRIAS VARIÁVEIS de JOSÉ DE SOUZA ZUMBA (Gonçalo) é um livro popular que se centraliza na LITERATURA DE CORDEL a fim de apresentar de forma romantizada os causos errantes que derivam das coisas simples e a cena prática do cotidiano, reimaginando de maneira aberta suas experiências como telespectador da vida.

Essa perspectiva inicial de se teletransportar como parte da história a partir das memórias de quem escreve, aproxima mais o leitor da interpretação do fenômeno escrito por se tratar de uma narração curta que faz parte dos aspectos sociais, ao gerar trocas de sentimentos auto interpretativos.

Minha impressão nesse sentido, tomando como base a experiência e a comparação de leitura a outras obras de mesmo gênero, sobressai oportunamente sobre a prática do assunto ao figurar a condução instintiva que nos leva ao fato concreto de experienciar as trocas vinculares do ser humano em suas diferentes óticas sobre o cotidiano social.

Como estrutura a prosa de JOSÉ DE SOUZA ZUMBA se contrapõe ao texto em verso, antecedendo à noção dos gêneros textuais.

Em poesia faz parte do projeto a CENA, que cria relacionamentos e logo em seguida é quebrada como ponto de fuga, assim o cordel que bebe da prosa poética flui de forma natural sem muitas explicações sobre o CAUSO.

Essa retilinidade e abertura em HISTÓRIAS VARIÁVEIS concretiza não só o gênero literário explícito do autor mas também seu manejo prático para a criação que foi desenvolvido ao longo dos anos como cordelista de folhetim.

No fim, ler HISTÓRIAS VARIÁVEIS assim como em todo bom livro de poesia é aventurar-se em um mundo pessoal e autobibliográfico do autor, onde compartilhamos ideias, sobrevoamos incertezas e compreendemos de forma verdadeira o sentimento de criação dado as interpessoais da vida.


Uma resenha literária de: ENOQUE OCARDOZO – é Pai, Professor / através da faculdade de Pernambuco – UPE 2009/2012, Pesquisador em História, escritor/poeta/romancista/contista/cronista, Designer Gráfico Editorial, Ilustrador, Editor Chefe da Editorial Casa de Bonecas (ECB), Presidente Fundador da Academia Independente de Letras (AIL), da Ordem Literária SCRIPTORIUM e CASA LITERÁRIA ENOQUE CARDOZO – CLEC, Sócio Honorário da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA & Academia de Letras do Brasil/Minas Gerais/Região Metropolitana de Belo Horizonte - ALB/MG/ RMBH. Membro benemérito da Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes/BRASILIS – AICLAB, Retentor dos títulos de REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “APONTADOR LITERÁRIO” 2021, “PALADINO LITERÁRIO” 2022 e “DOMINUS LITERÁRIO” 2023 pela Ordem Literária SCRIPTORIUM. PRÊMIO CANETA DE OURO / destaque literário 2022, COMENDA ATIVISTA DA CULTURA NACIONAL / homenagem à semana de arte moderna (1922) 2022 e TÍTULO DE HONRA AO MÉRITO / homenagem alusiva ao bicentenário da independência do Brasil 2022 pela FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES (FEBACLA). 


ZUMBA, José de Souza. Histórias variáveis: coletânea de cordel / José de Souza Zumba (Gonçalo) – 1ª ed. – São João , PE : Editorial Casa de Bonecas (ECB), 2024. 74 p.: il. ISBN: 978-65-5480-157-7

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Resenha: Calixto e Ângela: e outros contos fantásticos / Fábio Alves Ferreira Leite

CALIXTO E ÂNGELA: E OUTROS CONTOS FANTÁSTICOS de FÁBIO ALVES FERREIRA LEITE assim como todo bom conto beira o mito, ao mesmo que é regado pelas experiências remotas do cotidiano, expondo o conflito e os costumes dados à ascensão e à queda social, ao agir também como crítica para a sociedade atual e suas relações primárias, práticas e superficiais.

Ao longo dos treze contos que se sobrescrevem quase que rítmicos, a razão e a liberdade se acentuam cada vez mais, mostrando como instinto a rebelião dentro do homem como uma coisa vazia a ser preenchida com uma nova forma de mitologia humanística.

De certa forma a liberdade apresentada rouba a consciência como verdade para formar uma paródia estratégica que não contraria, mas se adapta as condições atuais sobre o mito em si, de ser e estar na locução e saber que é uma história curva que adapta e se permite a representação humana.

No geral são perceptíveis as fases e mudanças que fluem, infundem e nos deixam levar pela história.

A voz para os contos de Fábio reflete a vida tão próxima de tudo que torna a leitura agradavelmente natural pela profusão de imagens mentais que já esperamos e encontramos espontaneamente em nossas próprias experiências, nas nossas próprias imagens que nos descrevem em cena ou vinculam como um detalhe de um ambiente conhecido, porém familiar, não dito, mas curioso pela relação próxima e distante com o regresso aos lugares da infância, cristalizados em nossas memórias que não esperamos que mudem.

No fim, ler CALIXTO E ÂNGELA me trouxe, como experiência pessoal, CONFORTO para as coisas simples que já vi em um mundo complicado... conforto para a cena prática do cotidiano e essa liberdade criativa de reimaginar como verdade determinista a vida.



Uma resenha literária de: ENOQUE OCARDOZO – é Pai, Professor / através da faculdade de Pernambuco – UPE 2009/2012, Pesquisador em História, escritor/poeta/romancista/contista/cronista, Designer Gráfico Editorial, Ilustrador, Editor Chefe da Editorial Casa de Bonecas (ECB), Presidente Fundador da Academia Independente de Letras (AIL), da Ordem Literária SCRIPTORIUM e CASA LITERÁRIA ENOQUE CARDOZO – CLEC, Sócio Honorário da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA & Academia de Letras do Brasil/Minas Gerais/Região Metropolitana de Belo Horizonte - ALB/MG/ RMBH. Membro benemérito da Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes/BRASILIS – AICLAB, Retentor dos títulos de REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “APONTADOR LITERÁRIO” 2021, “PALADINO LITERÁRIO” 2022 e “DOMINUS LITERÁRIO” 2023 pela Ordem Literária SCRIPTORIUM. PRÊMIO CANETA DE OURO / destaque literário 2022, COMENDA ATIVISTA DA CULTURA NACIONAL / homenagem à semana de arte moderna (1922) 2022 e TÍTULO DE HONRA AO MÉRITO / homenagem alusiva ao bicentenário da independência do Brasil 2022 pela FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES (FEBACLA). 


LEITE, Fábio Alves Ferreira. Calixto e Ângela: e outros contos fantásticos / Fábio Alves Ferreira Leite – 1ª ed. – São João , PE : Editorial Casa de Bonecas (ECB), 2024. 132 p.: il.

Resenha: Calados / Roberta Tavares

CALADO: Em silêncio; que não faz barulhos: ambiente calado. Que não fala em excesso; que tende a ficar quieto: menino calado. (Figurado) Que não se mostra nem se manifesta; silencioso: intenções caladas.

 

CALADOS de ROBERTA TAVARES é um exercício para quem deseja viajar dentro do mundo íntimo do ser humano, diante dos vários caminhos que a vida apresenta, na particularidade de cada individuo, seja através da tristeza, melancolia ou um suposto sentido da vida que muitos ainda procuram.

Roberta Tavares assim, criou uma frequência remota de seu cotidiano, expondo conflitos, dados a ascensão e a queda sobre suas relações primarias e práticas, acentuando cada vez mais o instinto a ser preenchido com uma nova forma de liberdade sentimental no qual a saúde mental está no centro.

Aqui a humanidade do ser vivo é o lapso que apresenta e rouba a perspectiva curva do real para formar uma paródia estratégica que não contraria o espaço perceptível, mas define a liberdade concreta em fases que fluem e infundem suas próprias experiências, permitindo o regresso aos lugares seguros da mente que estão cicatrizadas nas nossas memórias.

No fim, CALADOS é a voz simples e particular de uma menina que reflete a vida tão próxima de tudo pela profusão de imagens mentais para as coisas simples do mundo complicado e a cena prática do cotidiano, reimaginando de maneira aberta suas experiências como paciente.

CALADOS de ROBERTA TAVARES é isso uma multiplicidade de objetos cotidianos que dialogam com a saúde mental e marcam o lugar e o comportamento como um só sujeito que dialogam como tentativa de dar força a mudanças características, pessoais e atitudes que levam as pessoas ao sucesso com atitudes mentais para encaramos a vida ao materializar a maneira objetiva que levara ao sucesso.


TAVARES, Roberta. Calados / Roberta Tavares – 1ª ed. – São João , PE : Editorial Casa de Bonecas (ECB), 2024. 142 p.: il. ISBN: 978-65-5480-144-7.

Uma resenha literária de: ENOQUE OCARDOZO – é Pai, Professor / através da faculdade de Pernambuco – UPE 2009/2012, Pesquisador em História, escritor/poeta/romancista/contista/cronista, Designer Gráfico Editorial, Ilustrador, Editor Chefe da Editorial Casa de Bonecas (ECB), Presidente Fundador da Academia Independente de Letras (AIL), da Ordem Literária SCRIPTORIUM e CASA LITERÁRIA ENOQUE CARDOZO – CLEC, Sócio Honorário da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA & Academia de Letras do Brasil/Minas Gerais/Região Metropolitana de Belo Horizonte - ALB/MG/ RMBH. Membro benemérito da Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes/BRASILIS – AICLAB, Retentor dos títulos de REFERÊNCIA E QUALIFICAÇÃO LITERÁRIA “APONTADOR LITERÁRIO” 2021, “PALADINO LITERÁRIO” 2022 e “DOMINUS LITERÁRIO” 2023 pela Ordem Literária SCRIPTORIUM. PRÊMIO CANETA DE OURO / destaque literário 2022, COMENDA ATIVISTA DA CULTURA NACIONAL / homenagem à semana de arte moderna (1922) 2022 e TÍTULO DE HONRA AO MÉRITO / homenagem alusiva ao bicentenário da independência do Brasil 2022 pela FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES (FEBACLA). 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

CANTO AO AMOR por MARIA DO CÉU SILVA DA CRUZ

CANTO AO AMOR

Canto ao amor

que na vida se sente,
(que) ao desejo fugaz perdure,
perene,
no peito doa e more eternamente
(como raiz em árvore a vida lhe assegura)
Canto ao amor duradouro,
que não brilha e não atavia qual diamante,
(que) é pele de que o corpo se reveste
e se traja bem mais longe que o instante.
Canto ao amor que fere a distância,
a encurta e a torna confinante,
que é alma e se nos pega e se respira
até distante
que é terno, afetuoso, amor amante.


MARIA DO CÉU SILVA DA CRUZ
05º Membro Correspondente AIL
Brasil/Portugal

TENTAÇÕES por MARIA DO CÉU SILVA DA CRUZ

TENTAÇÕES

Se no meu coração eu rebuscasse,
do nosso amor restariam pedaços,
e de mim obsoletos retratos,
da mulher que tanto te amou.
E se de mim quiseste afetos eu tos dei,
se amar-te foi a minha vida, eu te amei.
E navegando nas minhas emoções,
eu por amor te reencontrei.
E se a alma me pede remanso,
o meu corpo apaixonado exige o teu abraço,
como se de sede de ti eu morresse,
como morre na noite o sol de cansaço.
E enfim vou em ti ressuscitar,
como se a mim voltasse a fantasia
de um velho sonho recomeçar,
e o meu olhar ganha aquele brilho
já embriagado pela luz do luar.


MARIA DO CÉU SILVA DA CRUZ
05º Membro Correspondente AIL
Brasil/Portugal