HISTÓRIAS VARIÁVEIS de JOSÉ DE SOUZA ZUMBA
(Gonçalo) é um livro popular que se centraliza na LITERATURA DE CORDEL a fim de
apresentar de forma romantizada os causos errantes que derivam das coisas simples
e a cena prática do cotidiano, reimaginando de maneira aberta suas experiências
como telespectador da vida.
Essa perspectiva inicial de se
teletransportar como parte da história a partir das memórias de quem escreve,
aproxima mais o leitor da interpretação do fenômeno escrito por se tratar de
uma narração curta que faz parte dos aspectos sociais, ao gerar trocas de
sentimentos auto interpretativos.
Minha impressão nesse sentido, tomando como
base a experiência e a comparação de leitura a outras obras de mesmo gênero,
sobressai oportunamente sobre a prática do assunto ao figurar a condução
instintiva que nos leva ao fato concreto de experienciar as trocas vinculares
do ser humano em suas diferentes óticas sobre o cotidiano social.
Como estrutura a prosa de JOSÉ DE SOUZA ZUMBA
se contrapõe ao texto em verso, antecedendo à noção dos gêneros textuais.
Em poesia faz parte do projeto a CENA, que
cria relacionamentos e logo em seguida é quebrada como ponto de fuga, assim o
cordel que bebe da prosa poética flui de forma natural sem muitas explicações
sobre o CAUSO.
Essa retilinidade e abertura em HISTÓRIAS VARIÁVEIS concretiza não só o gênero literário explícito do autor mas também seu manejo prático para a criação que foi desenvolvido ao longo dos anos como cordelista de folhetim.
No fim, ler HISTÓRIAS VARIÁVEIS assim como em todo bom livro de poesia é aventurar-se em um mundo pessoal e autobibliográfico do autor, onde compartilhamos ideias, sobrevoamos incertezas e compreendemos de forma verdadeira o sentimento de criação dado as interpessoais da vida.
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