quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

LÁGRIMAS DE AMOR por Otávio Zanella

- LÁGRIMAS DE AMOR - 

Abro os olhos e os sinto tão molhados
É água que não sei não, de onde vem,
Vertente irreverente nas minhas faces,
Sem ter em mente poder de estancá-la.

Não mais me entendo. Não me contenho,
É água que se fez do nada, assim penso eu,
Borbulham gotas ligeiras e faceiras, flertam,
É saudade de ti amada, agora longe de mim.

São águas passadas, no rio se acumulam
E meu coração as retém e vão mostradas,
Formam um lago nas covas destes olhos,
São águas tristes, quando distante estou,

Inundam sim, todos os meus pensamentos,
Escondo-as de ti, em tímidos sentimentos.
As vês claras, transbordam nos olhos meus,
Deslizam gotículas, lembranças de por fim,

Morrem lentas na realidade de nossos lábios
De verdade, só os teus beijos as secam fácil,
Tão somente. Intenso, este meu pensar é ágil
Querendo-te inteira aqui, só prá mim. Todinha.

- do livro: SILENTES VERSOS, em Poesias de Amor


Otávio Zanella. Cadeira: 114. SILENTIUM

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