É tempo de se
acabar, definitivamente, com o sofrimento e fazer descer da “Cruz” todos os
portugueses que nos últimos anos foram: “crucificados”, injusta, imoral e, quem
sabe, ilegalmente; é tempo de se cumprirem promessas feitas em contextos reais
e que milhões de portugueses acreditaram e colaboram, para que elas fossem
executadas; é tempo de nos ser restituído o respeito, a solidariedade, a
dignidade devida, a pessoas verdadeiramente humanas.
Este ano, a Páscoa,
enquanto acontecimento religioso no mundo católico, decorre em data muito
próxima de outro grande evento nacional que é o vinte e cinco de abril, data
para se comemorar a liberdade, a igualdade e a fraternidade, valores que também
são essenciais para se reconhecer a dignidade humana.
Religião e Política
não são incompatíveis, pelo contrário, podem articular-se, cooperar e
encontrarem as soluções para que em Portugal, e no mundo, se viva com
perspectivas de um futuro muito melhor, para que a sociedade portuguesa sinta,
irreversivelmente, que os seus deveres são equitativamente exigidos, mas também
os seus direitos integralmente respeitados.
Os Portugueses são
credores, em todo o planeta, de grande admiração, respeito e estima, porque são
cumpridores, honestos, trabalhadores, humildes, educados e criativos. Tais
qualidades devem ser reconhecidas “cá dentro”, entre todos nós, a começar por
quem nos administra e em quem milhões de cidadãos acreditaram,
independentemente das opções políticas, religiosas e filosóficas de cada um e
dos respetivos estatutos socioprofissionais. É tempo de “Descrucificar” a
população; é tempo de a retirar, definitivamente, da “Pesada Cruz”, a que foi
submetida, injustamente, durante alguns, longos, demasiado longos, anos.
Nesta Páscoa, que
todos desejamos, finalmente, vivê-la com alegria e esperança, num futuro muito
melhor, queremos, apesar de tudo, continuar a alimentar o “sonho da felicidade”,
que se pretende realizar através da segurança, da estabilidade no trabalho, na
certeza de um fim de vida confortável, sem receios de cortes nas pensões/reformas.
Temos direitos adquiridos por contratos firmados, honestamente, imbuídos de
boa-fé, com um parceiro que tem o dever de os cumprir e, se possível, melhorar,
pelo menos em benefício dos mais carenciados e desprotegidos.
E se é certo que: «A
felicidade aumenta com a intervenção social e participação nas organizações
beneficientes …» (RICARD, 2005:217), então, é necessário que o Estado se
preocupe muito mais com a dimensão social que deve ter para com todos os
portugueses, porque temos o direito de sermos felizes, aliás: «Nascemos para
sermos felizes» (MARCELO, 2016, in: BÁRTOLO, 2017:Contra-Capa), em várias
dimensões: axiológica, trabalho, segurança social, saúde, educação, formação,
habitação e lazer, entre outras.
É tempo de se dizer
“basta”, de não se crucificar sempre os mesmos. Convoquem-se aqueles que não
sendo funcionários públicos, reformados, pensionistas e trabalhadores do setor
privado, mas os outros, aqueles que ocupam posições de destaque, bem
remuneradas, porque, seguramente, que estes também estarão disponíveis para
darem o seu contributo e, desta forma, atenuarem o sacrifício daqueles que, nos
últimos anos, têm vindo a pagar a fatura de uma “despesa” que não fizeram.
Corte-se no que é exagerado, nos bens e benefícios supérfluos, porque ainda nos
poderá vir a fazer falta.
Mais uma Páscoa.
Nesta festa da Ressurreição de Cristo Redentor: que se continue com a
“ressurreição/restauração” dos restantes direitos injustamente retirados; que
se prossiga no respeito por todos quantos têm contribuído, para que este país
seja símbolo do cumprimento dos Direitos Humanos, das Normas Constitucionais,
enfim, pela exaltação da dignidade da pessoa humana.
Infelizmente, no
corrente ano, de 2020, não será possível às famílias portuguesas em particular
e a outras congéneres no resto do globo, confraternizar neste dia tão festivo,
de convivência, de reencontro, porquanto o Mundo está a ser “atacado” por uma
terrível pandemia, que impede as pessoas ausentarem-se para fora dos seus
Concelhos de residência, no caso português. Vive-se uma calamidade como já não
havia memória, inclusive, entre os mais idosos.
Nesta Páscoa, ficam
aqui os votos muito sinceros do autor desta reflexão, que apontam no sentido de
desculpabilizar todas as pessoas que, por algum meio e processo, o
prejudicaram, ofenderam e magoaram, não significando esta atitude: “passar uma
esponja”; esquecimento total, mas apenas a vontade de reconciliação, de tentar
novos diálogos, novas abordagens, para um melhor e mais leal relacionamento.
Páscoa que se
pretende para todas as pessoas, como um dia, pelo menos um dia no ano, de
reflexão, de recuperação de valores humanistas universais, um dia para festejar
e recomeçar com novas: Precaução, Moderação, Robustez, Justiça, Fé, Confiança,
Caridade, Comiseração e Generosidade. Uma nova Esperança Redentora, entre a
família, os verdadeiros e incondicionais amigos. A todas as pessoas: Páscoa
Muito Alegre e Feliz.
Desejamos a todos
os portugueses que nunca mais tenham uma Páscoa tão triste como a que se viveu
nos denominados anos “Troikianos” e que, atualmente, 2020, após um curto
período de alguma recuperação, agora por outros motivos, se atravessa um
período de profunda calamidade pública, com a pandemia que está a matar
milhares de seres humanos em todo o mundo.
Queremos para toda
a sociedade nacional que, tão logo quanto possível, se devolvam todos os
direitos para os quais contribuímos generosamente, sempre de boa-fé. Queremos
descer, finalmente, da “Cruz Pesada da Austeridade Injusta” e desejamos
ultrapassar, todos juntos esta profunda crise pandémica. Queremos
Solidariedade, Amizade, Lealdade, Igualdade, Fraternidade, Liberdade. Queremos
a nossa Dignidade de Pessoas Verdadeiramente Humanas.
BIBLIOGRAFIA
BÁRTOLO, Diamantino
Lourenço Rodrigues de, (2017). Em Busca da Felicidade. Lisboa: Chiado Editora.
RICARD, Matthieu,
(2005). Em Defesa da Felicidade. Tradução Ana Moura. Cascais: Editora
Pergaminho, Ld.ª.
Venade/Caminha – Portugal, 2020
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
02º Membro Correspondente AIL. Brasil/Portugal.
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/
http://nalap.org/Directoria.aspx
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil. (2017) http://directoriomundial.allimo.org/Rodrigues-de-B%C3%A1rtolo-Diamantino-Louren%C3%A7o/
DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos. https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1/posts/1229599530539123
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