sábado, 3 de abril de 2021

A MULHER EM TODO O SEU ESPLENDOR por DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO

A MULHER EM TODO O SEU ESPLENDOR: São muitos os dias nacionais e internacionais que ao longo do ano se evocam e festejam, com a pompa e circunstância que são possíveis. Para cada tema, a efeméride celebra-se no dia que, consensualmente, tem sido aceite, embora, também, já se tenham verificado alterações, como por exemplo em relação ao dia da mãe, todavia, a maioria das comemorações, nos respetivos países e/ou em todo o mundo se mantenha em data fixa.
Estabeleceu-se, internacionalmente, o dia oito de março, para se festejar a importância da Mulher em todo o mundo, para que todos os seres humanos rejubilem e prestem homenagem às Mulheres: elas próprias, incluídas nas homenagens que lhes são, justamente, dirigidas; elas mesmas, o centro de todas as atenções, naquele dia. Incompreensivelmente apenas naquele dia 08 de março de cada ano e não todos os dias, como seria da mais elementar justiça.
Paradoxalmente, aquele dia não é universalmente vivido, sentido e festejado, porque a Mulher, infelizmente, ainda não ocupa o lugar, no seio da sociedade que, por mérito próprio, tem direito, reconhecendo-se, entretanto, que, ainda que timidamente, tenha havido alguma evolução favorável ao reconhecimento da sua dignidade.
Numa visão generalista, e de muito fácil entendimento, pode-se admitir, como regra universal, que a Mulher é a pessoa que primeiro se ama, por quem se tem um grande carinho, a quem se pede refúgio, que dela se recebe amor incomensurável, proteção incondicional, compreensão e tolerância sem limites. Esta Mulher, que a maioria dos seres humanos começa a amar, e por ela a ser amado, é o primeiro porto-seguro, a nossa fonte de alegria, o nosso primeiro e grande amor, é a nossa mãe.
Esta função, este elevado e nobilíssimo estatuto, sublime e inigualável, só a ela pertence, é como que uma bênção divina, uma dádiva do Criador, a admirabilíssima missão de ser mãe, por isso, mas não só, se deveria reconhecer, na Mulher, o seu papel insubstituível, a premente necessidade do reconhecimento da sua importância e da sua dignidade, a Mulher que pelo seu “sexto sentido” consegue, quantas vezes, evitar as piores desgraças e resolver, carinhosamente, problemas extremamente complexos, no seio da família e da sociedade.
Dia internacional da Mulher, pelo qual, em todo o mundo civilizado, os valores do amor, do matrimónio, da maternidade, da dádiva total, se festejam, com mais ou menos autenticidade, sinceridade, respeito e reconhecimento. A Mulher-Filha, a Mulher-Esposa, a Mulher-Mãe, afinal, a Mulher, como que glorificada, merecidamente, afirme-se, desde já, porque ela, que gosta e respeita os pais, que ama o seu companheiro, a mãe extremosa, que gerou e transportou o filho no seu ventre, a Mulher-Trabalhadora que, no limite das suas forças, é capaz de dar a vida por aqueles que verdadeiramente ama. A Mulher em todo o seu esplendor.
Mas a Mulher, enquanto filha, é importante para os seus pais, seguramente, para a sua mãe, também esta Mulher, que ouve da filha todos os seus choros, tristezas, alegrias, aspirações, dificuldades. Como esta Mulher-filha ama a sua mãe, como que numa simbiose de amor, a ela está, demiurgicamente, ligada, mesmo quando a vida é adversa, ela procura na mãe, ou esta na filha, uma interpretação, os conselhos, ensinamentos e compreensão, porque esta filha sabe muito bem que um dia, também poderá vir a ser mãe, e conhece o aforismo popular, segundo o qual: “Filha és, mãe serás, como fizeres, assim receberás”.
Existe, na maior parte das pessoas, uma espécie de cumplicidade entre estas duas mulheres: mãe e filha, e/ou vice-versa. Em oito de março festeja-se o dia da Mulher, não o dia da mãe, nem o da filha (haverá o dia da filha?), não o dia da esposa, não o dia da avó ou de qualquer outro parentesco, o que se comemora é o dia da Mulher, em toda sua resplandecência, na plenitude das suas capacidades, dos seus valores, dos seus direitos e deveres, dos seus sentimentos, sem dúvida.
É a mulher que está em nossas vidas: mais ou menos profundamente; mais ou menos amada, querida, desejada, protegida, acarinhada; mas também ela protetora, vigilante, trabalhadora, rainha dos nossos corações. Mulher com letra grande, que sabe perdoar, que quando ama se entrega totalmente, sem reservas, com esperança e determinação em conceder a maior felicidade ao ser amado. Mulher que se revela em toda a sua plenitude.
É impossível conceber o mundo sem a mulher, também ela na sua qualidade de esposa, companheira indefetível e amante do seu marido, cúmplice, na vida externa como na intimidade do leito conjugal, conhecedora das dificuldades mais íntimas do seu cônjuge, compreensiva, tolerante nos fracassos e incentivadora para vencer obstáculos.
Mulher que ao lado do seu amor conjugal, com ele enfrenta as adversidades da vida, com ele soluciona a maior parte dos problemas e com ele tanto vive as alegrias, quanto as tristezas. Mulher que não está atrás nem à frente dos êxitos do seu companheiro, mas está sempre ao seu lado, com os mesmos méritos, com idênticas capacidades, com iguais possibilidades de vitória. Mulher que é capaz de dar a vida por quem ama verdadeiramente.
É esta Mulher, enamorada, esposa, companheira que, ao lado do seu ente amado, enfrenta o mundo, sem medos, com firmeza, com amor e com sentimentos nobres. É esta Mulher que sabe guardar, num “cantinho do seu coração”, os mais profundos, quanto notáveis e sublimes sentimentos, que jamais praticará qualquer ato de deslealdade contra a pessoa que, autêntica e intimamente ama ou, ainda, que admira, gosta, acarinha ternamente a quem ela sabe que lhe quer bem, que também aprecia e ama com respeito e preocupação.

Venade/Caminha – Portugal, 2021
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal


DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
02º Membro Correspondente AIL. Brasil/Portugal.
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

NALAP.ORG 

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