- PANDEMIA DE ENCANTOS -
Aglomeradas no céu, as estrelas,
Espiando as cidades dormentes
E curando os olhares doentes,
Descobrem tumores e querelas.
Convite para a poética criação,
Para contemplar novas janelas,
Vivenciar a própria imensidão:
A loucura nos livra das celas.
Antes tormenta, e agora acalenta,
A solidão que enseja aproximação,
A tecnologia, profícua ferramenta,
Faz do distanciamento, conexão.
Os abruptos caminhos do “ter”,
Da sanha tosca por fama e poder,
Vão se perdendo pelo introspecto,
Passagens-paisagens do intelecto.
E o sonho e a realidade se enredam,
No lúdico afeto, vidas se enveredam,
E então lançam, livres, seu quebranto,
Contra o langor, avareza e desencanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário