– MEDO –
Ele anula o desejo,
Não permiti amar,
Amortalha o pensar,
E mortifica o crasso pejo.
No seu lúrido trino, a ecoar,
Gélido átimo de torpor,
Nas langues flores das horas, sem olor,
E na sanha inefável, no íntimo a inumar.
Pélago umbroso, álgido e cavo,
Haurir de um licor travo,
No obliterar de cada ensejo.
Eflúvios dos sonhos, a esmaecer,
Ingente nevrose a intumescer,
No atro e indelével medo, em lampejo.
MARVYN CASTILHO BRAVO
Cadeira n.67. LÚGUBRE.
Em XIII de abril de MMXX. E. V.
Dies Lunae.
Nenhum comentário:
Postar um comentário