DELÍRIO: Estado de alteração mental que faz com que um indivíduo apresente uma visão distorcida da realidade, sendo que isso pode ser demonstrado de diferentes formas, por meio de uma confusão mental, de uma redução da consciência e até mesmo de alucinações.
POÉTICO: Que pertence à poesia, que é próprio dela. Apropriado para inspirar um poeta. Que comove; emocionante.
PAULO ROBERTO MONTEIRO com a sua poética do delírio revela
como análogo ao seu projeto surrealista uma trajetória composta pela incursão do cotidiano e a inspiração que alega outro sentido à vida
sobrepondo a emoção lírica dada a consciência do agora como raiz que parte da
jornada do poeta, desenvolvendo objetos e relações entre a arte e a loucura de
estar vivo.
Como referência essa vontade de estar em coletivo para a relação autor/leitor recorre ao espectador que é o leitor em função de uma percepção familiarizada caracterizada por sua intensa expressividade ao questionar, portanto, a arte racionalista justamente com o desvio da própria relação entre o método e a vida pela perspectiva ou analise para a infinitude que é a arte que pertence à poesia e seu reduto emocional que demonstra e requer mais espaço, mesmo que distorcido por meio da inspiração material que comove e causa oportunidades.
Ler DELÍRIOS POÉTICOS é trabalhar com a perspectiva como base para a poesia do cotidiano ao ponto de transcender o convencional biográfico do artista/poeta extraindo assim seus temas técnicos, tendenciosos e críticos que autodefinem a singularidade e a interpretação do imaginário... rimando, interagindo e reapresentado o dia-a-dia para uma ação e reação mágica, guiada pela existência e experiência da linguagem e a transfiguração da realidade... fundindo-se com o sonho e o desejo de sonhar.
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